A Barraca ouvida no Parlamento após petição com 8.000 assinaturas

A Comissão de Educação, Ciência e Cultura na Assembleia da República recebe, na terça-feira, em audiência, os representantes da companhia de teatro A Barraca, que ouvirá sobre a petição "A Barraca não pode ser extinta".

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Lusa
03/02/2014 17:02 ‧ 03/02/2014 por Lusa

Cultura

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A petição, colocada "on-line" em outubro, em http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=P2013N71200, exige que sejam revistos os critérios de avaliação de projetos da Direção-Geral das Artes (DGArtes), que ditam o financiamento do Estado ao setor, e recebeu mais de 8.000 assinaturas.

No texto, A Barraca afirma que se "encontra na eminência de suspender a sua atividade, devido aos brutais cortes a que foi sujeita pela atual Secretaria de Estado da Cultura".

No comunicado hoje divulgado, a companhia de teatro A Barraca afirma esperar que, "com esta iniciativa, sejam corrigidas as injustiças com que se debate e que ameaçam o seguimento do seu trabalho".

A Barraca estará representada por Luísa Arroz Albuquerque, José Rui Martins, Adérito Lopes, Hélder Costa e Maria do Céu Guerra, estando a audição prevista para as 14:00 de terça-feira.

A companhia, fundada, entre outros, por Maria do Céu Guerra e Hélder Costa, atesta na petição colocada on-line que não aceita a classificação de "zero nos parâmetros de Serviço educativo e de Exercício de atividade fora de Lisboa".

"A Barraca não pode ter sido classificada em 31.ª, entre as 54 estruturas teatrais apoiadas", atesta a companhia.

A companhia com sede no Cinearte, no bairro de Santos-o-Velho, em Lisboa, considera que "viu a sua atividade desprezada inexplicavelmente durante o período de 1984 a 1995, em que o Governo lhe negou ano após ano os apoios que foi concedendo a outras companhias e projetos, de que hoje, de alguns deles, já não há notícia", sem nunca ter parado a sua atividade.

"A DGArtes tem de repor a verdade e atuar com a mais elementar justiça, revendo os critérios e atribuindo um financiamento condigno à realidade. Sem paternalismo, nem favores, mas simplesmente justo", exigem os peticionários.

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