A Feira foi hoje apresentada pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), que a organiza, tendo enfatizado o investimento feito nos novos pavilhões - perto de 250 - e a "forte aposta na restauração".
O presidente da APEL, João Alvim, sublinhou que os novos pavilhões "acrescentam meio metro à comodidade, são de design mais moderno, permitindo uma melhor acomodação, arrumação e exposição dos livros".
Questionado pela Lusa sobre o investimento, João Alvim afirmou ter sido de "largas centenas de milhares de euros", sem especificar o valor.
Esta modernização de esquipamentos passa também pelo auditório principal, que "será maior, mais cómodo e melhor equipado", assim como dois pavilhões laterais para diferentes atividades, nomeadamente musicais.
Outra novidade da Feira é a iniciativa "Dar e Receber", que visa promover hábitos de leitura entre os mais jovens. Na feira poderão ser colocados, em dois contentores, livros usados ou novos, para crianças até aos 12 anos, que serão posteriormente oferecidos através do Banco de Bens Doados.
Entre outras novidades, conta-se a participação de Moçambique, a que o diretor técnico e responsável pela animação cultural da Feira, Eduardo Boavida, da APEL, se referiu como uma "internacionalização" do certame, já que aquele país se inscreveu para participar, e não foi convidado como aconteceu em 2013 com Cabo Verde, esclareceu.
O "Pic Nic Literário" está marcado para o dia 13 de junho, feriado municipal, entre as 16:00 e as 18:00, e "tem como objetivo reunir o maior número de amantes dos livros, em várias tertúlias temáticas", designadamente policial, fantástica, erótica, portuguesa, romântica, cinéfila ou "do tudo e do nada", afirma a APEL em comunicado.
O facto de o calendário da Feira coincidir com o Mundial de Futebol, que se joga no Brasil, levou a Câmara de Lisboa a instalar ecrãs gigantes para transmissão dos jogos, na parte inferior do parque Eduardo VII, junto à rotunda do Marquês de Pombal, e a instalação de um passadiço metálico a meio do ajardinado, que facilitará também a circulação das pessoas, que fica condicionada na parte inferior.
As Bibliotecas Municipais de Lisboa colaboram com a Feira realizando várias atividades em torno do livro, dos escritores e da leitura, neste ano alargando as iniciativas à Estufa Fria.
Outra parceria estabelecida é com a Fundação Manuel dos Santos (FMS), que irá apresentar novos títulos e uma coleção.
Margarida Vaqueiro Lopes, da FMS, justificou esta parceria pela possibilidade de a Fundação "colocar os seus conteúdos junto da sociedade civil, num espaço privilegiado como é a Feira do Livro".
A feira volta a promover o concurso "Livraria Preferida", alargado a todo o país, através da votação "online", em www.leremtodolado.pt.
À semelhança do ano anterior, serão recrutados 30 voluntários para apoio à dinamização da Feira. O secretário-geral da APEL, Bruno Pacheco, disse que "20% dos voluntários, do ano passado, encontraram emprego no setor".
Os Dias Mundiais da Criança, 01 de junho, e do Ambiente, 05 de junho, serão alvos de celebração e mote para diferentes atividades na Feira.
A 84.ª Feira do Livro de Lisboa funcionará, de segunda a quinta-feira, das 12:30 às 23:00, às sextas-feiras e na véspera de feriados, das 12:30 às 24:00, ao sábado, das 11:00 às 24:00 e, aos domingos e feriadoss das 11:00 às 23:00.
Como em 2013, haverá uma "happy hour", a decorrer de segunda a quinta-feira, das 22:30 às 23:00, durante a qual as obras com mais de 18 meses de preço fixo estarão sujeitas a descontos de 50%.