Em declarações à agência Lusa, o presidente da AMCB, José Manuel Biscaia, explicou que o festival vai contar com espaços de exposição de produtos regionais e artesanato, bem como com várias atividades ligadas à natureza e animação musical.
"Este é um evento imaterial que pretende valorizar, inovar e promover o território que vai desde Penamacor a Salamanca. Queremos mostrar que temos produtos e produtores. Queremos transformar as condições que temos num produto de promoção", sublinhou.
Segundo José Manuel Biscaia, o certame surge na sequência da colaboração entre os municípios da Beira Interior e Salamanca, de modo a promover um "território que é comum e que enfrenta os mesmos problemas".
O festival será, por isso, promovido dos dois lados da fronteira com o intuito de cativar portugueses, espanhóis e também os lusodescendentes, que por estes dias se encontram na região.
"É importante que os nossos emigrantes e os filhos dos nossos emigrantes vejam que as suas terras continuam ativas e que sintam que estas têm potencialidade. Queremos passar-lhes essa mensagem de orgulho", sublinhou.
Este responsável destacou, ainda, a "forte componente ligada à natureza" -- cuja defesa sempre foi um dos princípios orientadores da AMCB -, que foi tida em conta na elaboração do programa do festival.
A estimativa da organização aponta para uma participação média de dez mil pessoas ao longo dos três dias e o orçamento é de cerca de 30 mil euros.
A Associação de Municípios da Cova da Beira foi constituída em 1981 por quatro municípios e atualmente é composta por 13: Almeida, Belmonte, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Fundão, Guarda, Manteigas, Meda, Penamacor, Pinhel, Sabugal e Trancoso.