O Conselho de Ministros vai esta quinta-feira discutir a aprovação da Lei da Cópia Privada. Trata-se de uma legislação que pretende taxar todos os equipamentos e aparelhos eletrónicos capazes de gravar e reproduzir dados mas que está a causar indignação dentro Associação Empresarial dos Setores Elétrico, Eletrodoméstico, Fotográfico e Eletrónico (Agefe).
Numa carta enviada ao primeiro-ministro, e a que o Observador teve acesso, a associação critica o Executivo de criar “um imposto encapotado” que poderá ainda levar “`perda de empregos nacionais”, uma vez que aumentará “inevitavelmente” a aquisição de aparelhos eletrónicos noutros países.
Na missiva, citada pela publicação, lê-se que a Lei da Cópia Privada “sobrecarregaria a economia e os contribuintes com um imposto encapotado, a pretexto da compensação por um prejuízo aos detentores de direitos, o qual carece de demonstração”.
“(…) Para além de desadequada e injusta, [a lei em causa] levaria inevitavelmente a um incremento exponencial das aquisições, físicas e eletrónicas, a outros países dos equipamentos que permitam a cópia e reprodução – como, desde logo, a vizinha Espanha – diminuirá a competitividade de muitas empresas portuguesas, com as inevitáveis repercussões na perda de empregos nacionais e receitas, diretas e indiretas, do próprio Estado”, escreve a Agefe na carta enviada a Passos.