Na ata o júri do galardão, dado hoje a conhecer em Oviedo, destaca o trabalho "arriscado e generoso" de Adzuba que nasceu em Bukavu, República Democrática do Congo, em 1981.
Atual jornalista da Radio Okapi (rádio da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Congo-MONUSCO), Adzuba está sob ameaça de morte desde 2002, quando denunciou a violência sexual de que as mulheres do seu país são alvo desde 1996.
Já por duas vezes foi alvo de ataques e está atualmente sob proteção das Nações Unidas.
Reconhecida ativista da liberdade de imprensa, da reconstrução da paz e dos direitos humanos, Adbuza usa o jornalista para denunciar torturas e violações contra mulheres e crianças do seu país.
O prémio da Concórdia é o último dos oito galardões da edição deste ano dos Prémios Príncipes das Astúrias.
Já foram galardoados o arquiteto norte-americano Frank O. Gehry (Artes), o historiador francês Joseph Pérez (Ciências Sociais) e o humorista gráfico argentino espanhol Joaquín Salvador Lavado Tejón, Quino (Comunicação e Humanidades).
Com o prémio de Investigação Científica foram ainda reconhecidos este ano o químico espanhol Avelino Corma Canós e os norte-americanos Mark E. Davis e Galen D. Stucky.
O escritor irlandês John Banville (Letras), o Programa Fulbright de intercâmbio educativo e cultural (Cooperação Internacional) e a Maratona de Nova (Desporto) foram os restantes galardoados.
Os prémios estão dotados com uma escultura de Joan Miró, 50 mil euros e um diploma.