Rodrigo Francisco, da direção, explicou em conferência de imprensa que o programa comemorativo começou por ser preparado numa reunião para a qual os sócios foram convidados.
"Tentámos olhar para o que o Cine Clube consegue fazer de verdadeiramente diferenciador na cidade e na região", frisou, garantindo que, durante este ano, Viseu continuará a pertencer ao grupo de "cidades de referência no panorama do cinema em Portugal".
A presidente da direção, Sofia Ferreira, avançou que, a partir de fevereiro, será apresentado um ciclo de cinema com filmes escolhidos por diretores das várias fases da vida do Cine Clube de Viseu.
O primeiro a exibir, escolhido por Joaquim Alexandre Rodrigues (membro dos corpos sociais desde 1981 e presidente da direção em 1991) será "Vermelho", de Krysztof Kieslowski (1994), no dia 24.
"Será um ciclo de cinema, mas que vai ser feito ao longo do ano, começando em fevereiro e acabando em dezembro", explicou Sofia Ferreira.
Em abril, outro ciclo de cinema colocará em destaque os direitos humanos. Um dos filmes que o integra é "O sal da terra", realizado por Wim Wenders e Juliano Salgado em 2014.
Segundo Rodrigo Francisco, este ciclo acontecerá no âmbito de uma parceria com a Rede Europeia Anti-Pobreza de Portugal e a Ordem dos Advogados e terá sessões para o público em geral e para as escolas.
De 05 a 09 de maio, Viseu acolherá uma extensão do IndieLisboa -- Festival Internacional de Cinema Independente.
"O objetivo é que a programação em Viseu seja um reflexo das secções diversas que o festival apresenta em Lisboa", nomeadamente IndieJúnior, Herói Independente e IndieMusic, explicou, avançando que será estreado um filme português em Viseu.
De junho a dezembro, haverá espaço para a reflexão sobre o cinema, com conferências ligadas ao cinema e à crítica. Entre setembro e dezembro realiza-se um curso sobre "Vanguardas e estéticas no cinema", destinado "a todos os interessados na exploração do cinema do ponto de vista pedagógico".
Para outubro, está prometido um espetáculo que, segundo Rodrigo Francisco, "é verdadeiramente irresistível", com uma lanterna mágica de finais do século XIX que um dos poucos lanternistas ainda em atividade, Mervyn Heard, utilizará para projetar vidros desenhados e pintados à mão da sua coleção.
Este espetáculo resulta de uma parceria com a Cinemateca Portuguesa e o Teatro Viriato.
Rodrigo Francisco explicou que o espetáculo irá realizar-se no Teatro Viriato, "o espaço em Viseu que recebeu a primeira sessão de cinema".
No último trimestre do ano, estará patente no Museu Grão Vasco uma exposição de pintura de Luís Troufa que abordará o universo do realizador russo Andrei Tarkovski.
Para 16 de dezembro, dia em que é comemorado o 60.º aniversário, está a ser preparada a estreia de um filme musicado ao vivo.
Rodrigo Francisco espera que, nesse dia, possam contabilizar "alguns milhares de pessoas" que participaram ao longo do ano nas várias atividades.