"O fotojornalismo nasce da ideia de chegar às pessoas numa linguagem que todos podem entender, criar histórias visuais que chamam a atenção de uma forma que não pode ser ignorada. Quando recebes um prémio, isso dá-te uma oportunidade para mostrar às massas histórias em que tens interesse", explicou Peter à agência Lusa.
O prémio, que o fotógrafo de 46 anos já recebeu seis vezes no passado, distingue o trabalho do último ano, em que fotografou sistemas de educação alternativa, funerais de soldados norte-americanos mortos em combate e jovens lutadores de boxe.
"Este prémio é importante porque, primeiro, é dado por uma organização que representa todos os fotojornalistas nos Estados Unidos e, segundo, porque tem em conta todo o trabalho feito durante um ano, mostrando que foste consistente", explicou Peter Pereira à agência Lusa.
O fotógrafo, que está associado a The Standard Times, de Massachusetts, já teve o seu trabalho publicado em meios como o The New York Times, o Los Angeles Times ou o Washington Post.
Peter fixou-se nos Estados Unidos com a família, quando tinha nove anos mas nasceu na Figueira da Foz e foi ainda em Portugal que começou a interessar-se por fotografia.
"Era um menino e lembro-me de uns primos que estavam imigrados nos Estados Unidos nos visitarem. Levámo-los a visitar o castelo de Montemor-o-Velho e carreguei a câmara do meu primo. Penso que foi nesse momento que me apaixonei pela ideia de tirar uma foto e ela durar parar sempre", diz.