Imprensa Nacional lança prémio Graça Moura

A Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM) lançou hoje, em Lisboa, o galardão INCM/Vasco Graça Moura para distinguir trabalhos inéditos de poesia, ensaio e tradução, homenageando o autor, que nos anos 1980 passou pela instituição.

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Lusa
08/07/2015 17:45 ‧ 08/07/2015 por Lusa

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O prémio, que terá o valor monetário de 5 mil euros e será atribuído anualmente, distinguirá na sua primeira edição trabalhos inéditos de poesia e nas seguintes obras inéditas em outras áreas nas quais Graça Moura se distinguiu: ensaio e tradução.

Além do prémio monetário, o vencedor terá a sua obra editada pela INCM, na coleção Plural, criada na década de 1980 por Vasco Graça Moura, quando foi administrador com o pelouro editorial da Imprensa Nacional Casa da Moeda, e que a organização irá renovar no âmbito deste prémio.

As candidaturas decorrem entre 15 de julho e 15 de setembro e o vencedor será conhecido até 30 de setembro.

O júri do prémio é presidido pelo padre e poeta José Tolentino de Mendonça, e integra o escritor e editor Jorge Reis-Sá e o poeta e cronista Pedro Mexia.

"Vasco Graça Moura marcou muito esta casa [que]deu um salto muito qualitativo em termos de edição quando ele aqui esteve. Uma da menina dos seus olhos foi a coleção Plural, dedicada à poesia portuguesa", lembrou o presidente da INCM, Rui Carp, durante a conferência de imprensa de apresentação do prémio.

Para Rui Carp, além de homenagear a "figura incontornável e exemplar da cultura nacional", o prémio pretende "dar continuidade ao compromisso [da INCM] de contribuir para a promoção da língua e cultura portuguesa".

"São áreas muito criativas em que podemos estimular novos talentos e esperemos que apareçam os talentos", disse.

Duarte Azinheira, diretor da Unidade de Publicações da INCM, sublinhou a importância para a poesia portuguesa de retomar a publicação da coleção Plural, que terá uma imagem "refrescada" com design do ilustrador André Letria.

"A editora pública tal como a conhecemos hoje é a continuação do trabalho iniciado por Vasco Graça Moura, que marcou de forma radical a INCM e o papel da editora pública em democracia", disse Duarte Azinheira, destacando a importância da INCM para "corrigir as falhas de mercado" na edição.

"Em relação à poesia hoje há claramente uma falha de mercado. Os editores privados têm hoje cada vez menos condições e também menos interesse. Hoje há um espaço muito, muito reduzido para a publicação de poesia de qualidade em Portugal", adiantou, acrescentando que foi no pressuposto de ajudar a corrigir esta questão que o prémio foi criado.

Poeta, ensaísta, romancista, dramaturgo, cronista e tradutor, Vasco Graça Moura morreu aos 72 anos, no dia 27 de abril do ano passado. Graça Moura desempenhava as funções de presidente do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, desde janeiro de 2012.

Ex-deputado do PSD e ex-secretário de Estado, Vasco Graça Moura foi alvo de várias homenagens no ano passado, nomeadamente pela Fundação Gulbenkian.

Natural do Porto, Graça Moura licenciou-se em Direito, pela Universidade de Lisboa, e chegou a exercer a advocacia, de 1966 a 1983, até a carreira literária se estabelecer em pleno.

‘Modo mudando’ marcou a sua estreia, em 1962, nas letras, a que se seguiram títulos como ‘Semana inglesa’ e ‘O mês de dezembro’.

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