Presidente do Teatro D. Maria II defende nova marca
O Teatro Nacional D. Maria II (TNDM), em Lisboa, vai ter, a partir de setembro, uma nova 'logomarca', que visa "dialogar muito mais com os [diferentes] públicos", disse à Lusa o presidente do conselho de administração, Miguel Honrado.
© Lusa
Cultura Miguel Honrado
O responsável defendeu ainda a celebração de um contrato-programa com o Estado, instrumento que não existe desde 2009.
Para Miguel Honrado, "a nova 'logomarca' tem de dialogar muito mais, tem de ter uma capacidade de diálogo e interpelação maior com os públicos e achamos que a atual não tem essa capacidade", argumentou Miguel Honrado, segundo o qual a atual imagem de marca/logotipo "valoriza muito a parte edificada e patrimonial, quando o teatro é muito mais".
"As 'logomarcas' têm o seu ciclo de vida", disse Miguel Honrado, recordando que a atual foi criada há cerca de 25 anos, "e o teatro, com a dinâmica de abertura que se propõe, necessita de uma outra estratégia de comunicação completamente diferente".
A idealização da nova 'logomarca' foi entregue ao ateliê R2, que irá "também desenvolver todos os trabalhos relativos à nova linguagem de comunicação do teatro", nomeadamente os cartazes, programas, sinalética e o fardamento dos funcionários", esclareceu.
Miguel Honrado revelou à Lusa que um "relatório/diagnóstico", elaborado pelo conselho de administração, entregue ao secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, aponta "fragilidades nos recursos humanos" e faz notar que "a redução em 30% da indemnização compensatória do Estado ao TNDM, entre 2011 e 2014, limita muito o cumprimento da sua missão".
"Será importante que, a partir de 2015/16, possamos estabelecer com a tutela um contrato-programa que não existe desde 2009, e, se possível, de caráter plurianual, que corresponda à temporalidade do mandato em que estamos investimos", argumentou.
Segundo Honrado o secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, "está interessado nesta questão, mas não há respostas definitivas".
Questionado sobre as fragilidades no quadro de pessoal, Miguel Honrado referiu que o conselho de administração do TNDM não tem a autonomia para contratar novas pessoas, "apesar de haver lugares vagos, mas essa é uma decisão da tutela".
"Nos últimos quatro anos, houve pessoas que saíram, mas para contratar, temos que ter novas condições financeiras e tem de se encetar um diálogo com a tutela", disse Honrado, segundo o qual "há urgência em ocupar quatro ou cinco lugares que são essenciais".
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