Organizado pelo segundo ano consecutivo pela Sociedade Lusófona de Goa, o festival tem como objetivo "potenciar o intercâmbio entre os países lusófonos e Goa", disse à Lusa o presidente da associação, Aurobindo Xavier.
O festival arranca esta sexta-feira com uma exposição bibliográfica sobre a província espanhola da Galiza, sob o lema ‘Uma comunidade autónoma lusófona’, organizada em colaboração com a Academia Galega da Língua Portuguesa, a Associaçom Galega da Língua e a Fundaçom Meendinho.
Uma das iniciativas realçadas pelo responsável da Sociedade Lusófona é a sessão, a 19 de fevereiro, com três conferencistas do Brasil, "com larga experiência na área de educação, tecnologia e na internacionalização de projetos brasileiros", e que apresentarão aos goeses "as reais e práticas possibilidades de cooperação entre o Brasil e Goa".
Outro destaque, a 12 de fevereiro, é a conferência de Carlos Medeiros, coordenador do Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD) de Lisboa, que "explicará aos goeses como a União Europeia trabalha e como estabelecer contactos com a UE para efeitos de explorar as possibilidades de treino, parcerias e empreendedorismo nos países da União Europeia", referiu Aurobindo Xavier. No mesmo dia, será inaugurada uma exposição bibliográfica sobre a União Europeia".
O programa inclui uma festa brasileira, onde não faltam a típica feijoada e o samba, e um curso de culinária brasileira.
Durante o festival, será possível visitar exposições de fotografia, uma sobre São António, a maior aglomeração populacional da ilha do Príncipe (São Tomé e Príncipe), outra que retrata gentes do sul de Moçambique, e ainda uma sobre "Macau, uma história de sucesso".
Estão ainda previstas apresentações sobre a preservação da herança de Goa e de um projeto de professores universitários de São Paulo (Brasil), que pretendem "reescrever a história da literatura portuguesa de Goa".
O festival encerra a 22 de fevereiro com a atuação da banda Senza, criada por dois portugueses após uma viagem de três meses pela Ásia, e cuja música reúne sonoridades de diferentes países de língua portuguesa.
A Sociedade Lusófona de Goa repete a organização do festival que, no ano passado, "teve o cunho de iniciar, pela primeira vez em Goa depois de 1961 [ano da ocupação pela União Indiana], um relacionamento aprofundado e sustentado com os países e regiões lusófonas", merecendo uma aceitação "muito boa" por parte dos goeses.