Durante 24 horas, os interessados poderão participar num laboratório contínuo de criação e formação, em torno dos conteúdos, dos autores e do mito do terceiro número da revista Orpheu, que nunca chegou a ser editado.
No final das 24 horas, o resultado final da experiência é apresentado ao público no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV).
Com início às 21:00 de sábado, o laboratório surge na sequência do trabalho do coletivo Dispositivo Experimental, Multidisciplinar e Orgânico (DEMO), que irá apresentar a 01 de abril, no Salão Brazil, em Coimbra, um espetáculo focado na Orpheu 3, disse à agência Lusa Cheila Pereira, do coletivo.
O evento, produzido pelo DEMO, será um processo de "formação e criação", em que também serão partilhadas "as investigações" do grupo em torno do terceiro número dessa revista do movimento modernista português, explanou.
No laboratório, vão estar quatro atores e um músico, havendo formação "com exercícios concretos, que podem gerar composições coreográficas", num trabalho mais centrado na "performance", mas onde o texto também estará presente, afirmou Cheila Pereira.
No entanto, todo o laboratório e o resultado final estarão dependentes "das vontades de cada um dos participantes" e do que cada um "pode dar".
O projeto, inserido na Semana Cultural da Universidade de Coimbra, termina com a apresentação no domingo, às 21:00, no Teatro Académico de Gil Vicente.
As inscrições estão abertas até sexta-feira e o evento é dirigido para o público em geral, havendo um mínimo de dez participantes e um máximo de 20.
O espetáculo final do DEMO, a estrear no Salão Brazil, a 01 de abril, foi realizado em coprodução com o Jazz ao Centro Clube, sediado em Coimbra, e a associação Sonoscopia, do Porto.
O coletivo DEMO nasceu em 2010, a partir de um grupo de seis atores do Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra (CITAC).