Com o título 'Portugal, a última esperança: os vistos de Sousa Mendes para a liberdade', a exposição poderá ser vista no Centro para a História Judia até 09 de setembro.
A iniciativa procura assinalar o 50.º aniversário da condecoração do cônsul português com o título de "Righteous Among the Nations" (Justo Entre as Nações) pela importante organização judaica Yad Vashem.
"Quando seguir regras era a ordem do dia, Aristides de Sousa Mendes recusou ser cúmplice, fosse por conveniência ou complacência, de ataques monstruosos à dignidade humana. O heroísmo agora honrado deve servir de inspiração a outros para que sigam Sousa Mendes nos seus passos teimosamente conscientes e criativos em nome da liberdade", disse o diretor executivo da Federação Sefardita Americana, Jason Guberman.
A exposição expande a iniciativa que aconteceu no Museu do Holocausto de Los Angeles, na Califórnia, no início do ano, que teve o título 'Visas to Freedom: Aristides de Sousa Mendes and the Refugees of World War II'.
Os visitantes terão oportunidade de ver vistos de famílias salvas, bonecos que as crianças refugiadas traziam consigo, diários de guerra e outros objetos emprestados pela família de Sousa Mendes e famílias de sobreviventes.
A iniciativa contará ainda com vídeo e fotografias inéditas da passagem dos refugiados por Portugal, que serão fornecidas pelo município de Almeida e fazem parte do espólio do futuro museu 'Vilar Formoso - a Fronteira da Paz'.
Na abertura da exposição, estas gravações históricas da fuga através de Portugal serão introduzidas pela arquiteta e historiadora do novo museu.
Acontecerá ainda uma conversa entre um dos recetores de visto, Jean-Claude van Itallie, e Sheila Abranches-Pierce, neta de Aristides de Sousa Mendes, que será moderada pela presidente da Fundação Sousa Mendes, Olivia Mattis, e um recital de guitarra portuguesa por Pedro da Silva.
Além do município de Almeida, em Portugal, a exposição conta com a parceria do Consulado de Portugal em Nova Iorque e da Fundação Sousa Mendes.
Aristides de Sousa Mendes atribuiu, à revelia de António de Oliveira Salazar, o presidente do Governo da ditadura, cerca de trinta mil vistos a refugiados perseguidos pelo regime nazi, em 1940.