Fonte da SEC confirmou à Lusa a reunião destes representantes com o chefe de gabinete do secretário de Estado da Cultura.
"Como é do conhecimento público, está a decorrer o procedimento administrativo de audiência prévia de interessados, razão pela qual o secretário de Estado da Cultura considera que não se deve pronunciar neste momento", disse a mesma fonte.
Referindo-se aos resultados que o MDC considerou "opacos" e que Pedro Penilo, deste movimento, afirmou terem suscitado "reacções violentas", a mesma fonte da SEC afirmou que, "sobre o montante inicial de verba disponível para os apoios às artes, considerado para efeitos concursais, e face à solicitação efectuada pela Comissão de Apreciação do teatro, e nos termos legais aplicáveis, decidiu o secretário de Estado da Cultura autorizar o aumento da verba em 1.800.391,63 euros”.
Refira-se que hoje, no decorrer do protesto em frente ao Palácio da Ajuda, Pedro Penilo, do MDC, disse à Lusa que não era objectivo da acção serem recebidos pela tutela.
A concentração de hoje foi convocada através da rede social Facebook, e nem foi pedida autorização à Câmara de Lisboa para a concentração, explicou Penilo que qualificou a concentração de "espontânea".
O comunicado, divulgado no portal do CENA – Sindicato dos Músicos, Profissionais do Espetáculo e do Audiovisual, dá conta da reunião da SEC com os representantes desta estrutura sindical, do Sindicato dos Trabalhadores dos Espectáculo e do MDC.
“Nesta audição foram expostos alguns dos principais problemas que vivem as estruturas e os profissionais da Cultura e das Artes com especial referências para os recentes resultados dos concursos de apoio às Artes, e para a necessidade imediata de se alterar o caminho de destruição de todo o tecido cultural português”, lê-se no comunicado.
Segundo o mesmo texto, “esta alteração de políticas só pode ser alcançada com a demissão deste executivo governativo, pois já deu mostras de ser intransigente no seu caminho e por isso cego ao caos que tem criado à sua volta na Cultura e em todo o país”.
“O Manifesto reafirmou a sua exigência de ver um por cento do Orçamento do Estado atribuído à Cultura e os sindicatos explicaram como estão os cortes e os vínculos laborais precários e ilegais a degradar a vida dos profissionais do sector e a hipotecar-lhes o futuro profissional na área que escolheram”, lê-se no mesmo texto.
“Da parte do gabinete do SEC ficou apenas o registo das nossas preocupações e opiniões, sem haver lugar a respostas concretas”, afirma o CENA.