Era o favorito, porém, não havia certezas quanto ao desfecho. Ronaldo, Messi, ou Ribéry? Foi através de Pelé, a quem cabia anunciar o vencedor da Bola de Ouro 2013, que soou, então, o nome tão aguardado: Cristiano Ronaldo. Pela segunda vez, e apenas com 28 anos, o internacional português e craque do Real Madrid ganhava o tão ambicionado galardão. Quase 28% dos votos lhe traçaram este destino. Merecido, dirá a maioria. Aliás, o seu rival mais próximo, Lionel Messi, assim viria a classificar a atribuição do prémio ao seu adversário.
Ronaldo subiu ao púlpito, o seu filho decalcou-lhe as pisadas. E após selar a vitória com um beijo à criança, foram poucas as palavras que conseguiu proferir. Para lá dos tradicionais agradecimentos, engasgados pela flagrante comoção, coube às lágrimas, ilustrativas dos “sacrifícios” profissionais, o maior tempo de antena.
As reações ao desfecho da entrega do troféu? Quase todas consensuais. Mas, como em tudo, com exceções. Uma delas pertenceu ao presidente da UEFA, Michel Platini. O responsável assumiu que as suas preferências recaíam em Frank Ribéry, falando mesmo em “deceção”. Platini esgrimiu o argumento das conquistas coletivas durante a época para sustentar a sua posição, assinalando que desde que o prémio passou para as mãos da FIFA “houve uma pequena coisa que mudou”.
“Ao longo de 50 anos, a Bola de Ouro teve em conta o resultado e o palmarés sobre o terreno de jogo. Aí, temos o valor global dos jogadores e isso coloca um problema”, salientou Platini em declarações à rádio L’Équipe 21.
Ora, e a consagração de Ronaldo não esteve também isenta de polémicas, nomeadamente, no que ao voto do selecionador iraniano, Carlos Queiroz, diz respeito. O técnico português escolheu Messi para melhor jogador do Mundo em detrimento do compatriota, o que desde logo acendeu o rastilho para incendiar, sobretudo, as redes sociais.
Queiroz viria a explicar, mais tarde, à agência Lusa, que "no Irão o voto não é do selecionador nacional, embora assuma a responsabilidade de o subscrever, é um voto coletivo, no qual participam todos os treinadores da I Divisão do campeonato iraniano. Eu, como selecionador, respeitei democraticamente a decisão e tive de a subscrever".
Certo é que hoje o planeta acordou com Ronaldo a ser notícia Mundo fora. Os ângulos são os mais variados. Uns revelam gáudio pela conquista do jogador do Real Madrid, outros nem tanto, e apelidam-na de injustiça.
A vénia perante o seu feito poderá não ser unânime, mas encherá, pelo menos, uma nação de orgulho.