O Benfica venceu, ontem à noite, o Totenham por 3-1, em jogo da primeira mão dos oitavos de final da Liga Europa. Motivo mais do que suficiente para deixar o técnico encarnado satisfeito, mas que não justificará a atitude assumida por Jorge Jesus após o último golo das 'águias'.
O treinador virou-se para o banco de suplentes da equipa inglesa e, em jeito de provocação, esticou o braço e mostrou três dedos em referência aos três tentos que o emblema britânico acabara de sofrer.
Tim Sherwood, treinador do Tottenham, não gostou, dirigiu-se a Jorge Jesus, e o técnico encarnado não recuou. Os dois trocaram palavras menos simpáticas e nem a tentativa de intervenção de Raúl José, treinador-adjunto do Benfica, serenou os ânimos. Pelo contrário. Jesus quis mostrar que não precisava de ninguém para se defender e afastou o colega.
Shéu também tentaria intervir e, ao ser empurrado pelo técnico encarnado, a ex-estrela do clube não gostou e impôs-se. Seguiu-se uma troca de palavras menos simpáticas contra as quais até Cardozo, que estava sentado no banco de suplentes, se insurgiu.
Da euforia à revolta, em muito pouco tempo, nem Rui Costa escapou à indignação de Jorge Jesus.
Mais tarde, na conferência de imprensa, o técnico tentou explicar o seu gesto afirmando que não se referia aos três golos, mas sim ao número de Luisão, autor do terceiro golo. “Estava a dizer ‘Luisão, number 3’”, afirmou Jesus. Acontece que o capitão da equipa ergue a camisola número quatro.
Na sequência do incidente, e embora tenha admitido que a equipa encarnada “esteve muito bem”, o técnico do Tottenham defendeu que Jorge Jesus “não tem classe”.