Paulo Bento é um homem sério - o selecionador tem uma carreira e uma vida que falam por ele. Dito isto, ninguém aceitará estes 30 nomes como os 30 melhores portugueses. Terão que cair sete e nem é difícil ver quais são: Anthony Lopes, Antunes, Ricardo Costa, João Mário, Ivan Cavaleiro, Rafa e, se Postiga estiver em condições, um entre Varela, Vieirinha (vem de lesão prolongada) ou Quaresma . Mas comecemos pelo fim: como se explica a inclusão de Cavaleiro - vários jogos ultimamente, sempre próximo da nulidade - e de Rafa, e não de Carlos Mané, titular do Sporting, capaz até de fazer mais posições? Mais ainda: se Danny não teve nenhuma atitude contra o selecionador, como diz Bento, como não está à frente de Cavaleiro e Rafa? Porque não assume Paulo Bento que o homem do Zenit (que está em grande forma) não vai por castigo? Não explicar não é de líder.
Depois, no meio-campo estão João Mário e André Gomes e não está Adrien. Creio que aqui há outros argumentos, mas João Mário foi para Setúbal em janeiro porque estava tapado por Adrien e por isso entende-se mal a preferência. Já André Gomes pode considerar-se que não jogou mais por ter melhores competidores do que Adrien e eu aceito.
Mas Bento deve explicá-lo, para não ficarem dúvidas a ninguém de que as escolhas têm motivos de futebol e não interesses de agentes. Há dois anos, levou ao Euro sete defesas (quatro centrais e três laterais), seis médios e sete avançados (quatro extremos, três pontas de lança). Assim, em relação a 2012 saem Miguel Lopes e Ricardo Costa e entram talvez André Almeida (faz várias posições) e Neto: no meio-campo Custódio, Carlos Martins e Micael são rendidos por William, Ruben Amorim e André Gomes e, no ataque, sai Nelson Oliveira, aposta falhada do selecionador e só dele, e entra Ederzito (sim, Quaresma esteve em 2012).
É a minha aposta.