FIFA apanha Barça com menores ilegais

Uma denúncia anónima levou o organismo a fazer investigações e a detectar irregularidades na escola de La Masia, impedindo a inscrição de seis jovens.

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O Jogo
09/03/2013 15:33 ‧ 09/03/2013 por O Jogo

Desporto

Investigação

Uma investigação da FIFA em La Masia, sede do futebol de formação do Barcelona, na sequência de denúncias anónimas, resultou no bloqueio da inscrição de seis jogadores das camadas jovens do clube, três coreanos, um francês, um holandês de origem nigeriana e um camaronês.

Oficialmente, o emblema catalão faz silêncio sobre o assunto, segundo noticia o "El País", empenhando-se em encontrar uma solução para não prejudicar os miúdos. No fundo, é o sonho, alimentado por familiares e não só, de vierem a seguir as pisadas de Messi que gera atropelos às regras definidas pela FIFA, para proteger os menores. Entre elas, como é sabido, figura a obrigatoriedade de os pais do jovem, por razões extra futebol, passarem a ter residência no país onde o clube está sedeado, que a transferência ocorra no espaço económico europeu e o jogador tenha entre 16 e 18 anos.

Esse conjunto de requisitos da FIFA, implementados para satisfazer federações como as da Argentina e do Brasil, protegendo de abusos os jovens futebolistas, está em falta no caso dos coreanos Lee Seung Woo, Paik Seung-Ho e Jang Gyeolhee, todos iniciados B, do francês Chendri, iniciado A, do holandês de origem nigeriana Adekanye e do camaronês Patrice Sousia, ambos infantis.

Uma fonte do Barcelona, refere o "El País", assegura que pelo menos no caso dos três jovens asiáticos que estarão no cerne da denúncia, foi a federação local que os incentivou a estabelecerem um acordo para que crescessem como futebolistas em La Masia (centro de formação de jovens futebolistas) sob a tutela do clube catalão.

Contudo, este admite que não cumpre todos os requisitos exigidos pela FIFA, embora também lembre que na federação catalã há 15 mil inscrições de futebolistas que deveriam ser analisadas relativas a filhos de famílias emigrantes que não têm legalizada a sua residência em Espanha e a sua participação em competições contribui para fomentar a sua integração social.

Outra questão a resolver pelo Barcelona, assinala ainda o "El País", foi aberta pela sentença do ‘caso Baena’ e que tem a ver com os contratos assinados com os pais dos jovens que admite em La Masia. Isto porque o Supremo Tribunal declarou nulo, no mês passado, o compromisso que Raúl Baena, aos 13 anos, subscrevera, através dos seus pais, com o Barcelona pelo período de 10 anos e a quem teria que indemnizar no montante de 3,5 milhões, ao assinar pelo Espanhol, por ter rompido o pré-contrato.

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