[1-3] Sporting 'amansa' o Dragão e não deixa fugir 'águia'

O Sporting venceu o FC Porto por 3-1 e repôs a distância de dois pontos para o topo da liderança, com duas jornadas por disputar.

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Carlos Pereira Fernandes
30/04/2016 20:22 ‧ 30/04/2016 por Carlos Pereira Fernandes

Desporto

Direto

Análise: Está vivo o campeonato português! Vitória difícil do Sporting no terreno do FC Porto, mas justo por aquilo que se verificou em campo, que deixa o conjunto de Alvalade a dois pontos do líder Benfica.

O início de jogo foi, aliás, impróprio para cardíacos. Ainda muita gente procurava o seu lugar nas bancadas e já João Mário, apenas com Casillas pela frente, desperdiçava uma gigante oportunidade para colocar o Sporting na frente do marcador.

Na outra área, dois minutos depois, foi o poste a fazer igual desfeita a Héctor Herrera. Jogo frenético no Dragão, com as equipas a terem alguma dificuldade em acertarem marcações, mas que, aos poucos, se foi compondo.

O Sporting, a apostar numa pressão alta, sempre a tentar criar superioridade numérica no centro do terreno, ia vencendo a ‘batalha’ pelo meio-campo. O FC Porto, por sua vez, apostava, principalmente, em duas armas: a potência física de Vincent Aboubakar, que pôs a ‘cabeça em água’ aos centrais ‘leoninos’, e a velocidade e capacidade técnica de José Ángel, que muitas investidas proporcionou pela ala esquerda.

Uma boa partida, que viu Slimani abrir o marcador aos 23 minutos. Enorme jogada individual de João Mário, pela direita. Fintou José Ángel, deixou para trás Brahimi e colocou a bola no argelino, que, completamente sozinho na pequena área, só teve de empurrar para o fundo da baliza.

Slimani podia ter repetido a ‘dose’ pouco depois, aproveitando nova falha de marcação de Chidozie. Valeu Casillas. O Sporting não marcou e, como tal… sofreu. Brahimi pegou na bola, partiu para o duelo individual com Coates e caiu na grande área. Artur Soares Dias, depois de alguma hesitação, apontou para a marca dos 11 metros. Héctor Herrera não vacilou e repôs a igualdade no marcador.

O golo animou o FC Porto, que impôs maior intensidade no jogo e conseguiu ‘galgar’ alguns metros no terreno. Mas acabou por ser o Sporting a marcar novamente. Bryan Ruiz cruzou com ‘peso e medida’, Slimani ganhou nas alturas e desferiu um belo cabeceamento, sem hipóteses para Casillas.

Na segunda parte, o FC Porto entrou mais galvanizado, apostado em não desiludir a massa adepta. Galvanizado é pouco, talvez seja mais justo falar numa entrada ‘diabólica’. Rui Patrício e a barra foram impedindo o golo portista, para desespero de Maxi Pereira, Sérgio Oliveira e Héctor Herrera.

Peseiro arriscou mais, fazendo entrar André André e Silvestre Varela, e empurrou o Sporting às ‘cordas’. Várias investidas para o ataque, mas sem o discernimento suficiente para concretizar.

Quem não falhou foi Bruno César. O ‘Chuta Chuta’ entrou e pouco depois sentenciou o resultado final. Falha clamorosa de Iker Casillas num remate que parecia controlado, mas que lentamente encontrou caminho por cima da linha de golo.

3-1 a favor do Sporting, que se mantém na corrida pelo título com apenas duas jornadas pela frente.

Momento do jogo: O golo do FC Porto ‘abanou’ a supremacia ‘leonina’ que se fazia sentir até então, mas Islam Slimani voltou a decidir. O jogo parecia caminhar para o intervalo empatado a 1-1, até que o avançado desfez a igualdade com um cabeceamento irrepreensível. Grande momento de futebol a repor a vantagem a favor do Sporting.

Homem do jogo: Islam Slimani, quem mais? O homem das alturas difíceis voltou a decidir… nas alturas. Sempre incansável no meio dos centrais do FC Porto, a oferecer largura ao ataque do Sporting. O ‘bis’ do argelino é uma prenda mais do que justa para a bela exibição que assinou. Destaque, ainda, para João Mário. Transpira classe o médio ‘leonino’. Recebe, controla, passa, vislumbra espaços… Tudo lhe parece tão fácil.

José Peseiro: À imagem do que tem sucedido em partidas anteriores, o treinador portista apostou numa espécie de ‘mistura’ entre o 4x3x3 e o 4x4x2, com Herrera a servir como falso ponta-de-lança, nas costas de Aboubakar. A estratégia funcionou bem, mas Herrera foi perdendo preponderância com o decorrer do jogo. Destaque, ainda, para a opção de baixar a linha de pressão. Sérgio Oliveira foi importante na construção de jogo portista, ora através de passes longos, ora através da condução de bola. Na segunda parte, aproximou o português da área ‘leonina’, provocando algumas situações de golo. Mas, ao esticar a ‘manta’, Peseiro acabou por deixar Danilo mais desprotegido. Acabaria por retificar a situação com a entrada de André André, que tornou o FC Porto bem mais perigoso, sem descurar a tarefa defensiva.

Jorge Jesus: Jogo de importância capital para a sua equipa, mas nem por isso desvirtuou os seus princípios de jogo. O Sporting jogou com as linhas bem altas, sempre a tentar pressionar a defesa portista. No meio-campo, especialmente durante a meia parte, os ‘leões’ conseguiram sempre a superioridade numérica. Teo Gutiérrez, com mais uma bela exibição, foi fundamental para unir o meio-campo ao ataque, onde as combinações pelo centro conseguiram ‘desmontar’ a defesa portista.

Artur Soares Dias: Exibição equilibrada, mas manchada por dois erros graves. Na grande penalidade que dá origem ao golo do FC Porto, Yacine Brahimi parece já estar em queda quando é tocado por Sebástian Coates. Artur Soares Dias hesitou, mas acabou por apitar para a marca de 11 metros. Na segunda parte, também com o central uruguaio na jogada, o juiz voltou a falhar. Coates foi descuidado, deixou-se ultrapassar por Aboubakar e, no desespero, empurra o camaronês pelas costas. Grande penalidade por marcar contra o Sporting.

Onze do FC Porto: Casillas; Maxi Pereira, Chidozie, Martins Indi, Ángel; Danilo, Sérgio Oliveira, Herrera; Corona, Brahimi e Aboubakar.

Onze do Sporting: Rui Patrício; Schelotto, Coates, Rúben Semedo, Zeegelaar; William Carvalho, Adrien, João Mário, Bryan Ruiz; Teo Gutiérrez e Slimani.

Antevisão: A vitória sofrida conquistada pelo Benfica frente ao Vitória de Guimarães, por 1-0, deixa o Sporting obrigado a vencer o FC Porto em pleno Estádio do Dragão para manter vivas as aspirações de conquistar o título. Até porque, em caso de derrota, o emblema de Alvalade aumentará para cinco pontos o ‘fosso’ para a liderança.

Os ‘leões’ chegam ao Clássico numa das melhores fases da temporada, depois de seis vitórias consecutivas para a I Liga, quatro delas com um denominador comum: Teo Gutiérrez. O internacional colombiano pode não ter começado a temporada da melhor maneira, mas chega à 32ª jornada com a veia goleadora a pulsar a toda a força.

Já os ‘dragões’ têm vivido uma autêntica ‘montanha russa’ exibicional. A equipa de José Peseiro somou duas derrotas consecutivas, frente a Tondela e Paços de Ferreira, às quais reagiu com uma bela exibição frente ao Nacional, em que venceu por 4-0, para depois regressar às exibições periclitantes, na vitória por 2-1 frente à Académica.

Para o FC Porto, a partida nada em nada conta no que toca às contas do campeonato. A três jornadas do final, os ‘azuis e brancos’ ocupam o terceiro lugar, a dez pontos do Sporting e com mais 13 do que o Sporting de Braga, pelo que a posição já não sofrerá alterações.

Mas isso não significa que os ‘dragões’ irão entrar em facilitismo, conforme deu conta José Peseiro: “Um clássico é sempre um clássico. Quem ganha, ganha mais coisas, quem perde, perde mais coisas. Essa é uma verdade. Mas não me preocupa o que é que isso vai dar. Preocupa-me é ganhar. O FC Porto joga contra o Sporting e haveria de querer o quê? Perder? Empatar? Queremos é ganhar”.

Do lado ‘leonino’ a situação é bem diferente. Jorge Jesus deu o mote: “Estamos preparados para um jogo difícil, um jogo que, neste momento, tem mais do que os três pontos em disputa [título]. É um dois em um, estamos, com estivemos sempre, confiantes, serenos, com a pressão normal para ganhar. Estamos muito confiantes e vamos fazer um grande jogo no Dragão”.

A partida da 32ª jornada terá início às 18h30 e pode segui-la aqui, em direto.

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