Em entrevista à agência espanhola Efe, Luis de Guindos disse acreditar que a tendência de queda demonstrada pela taxa de desemprego no segundo trimestre (que caiu para os 26,2%) não será apenas sazonal e que se manterá nos próximos meses.
"Apesar de ainda não haver criação líquida de emprego em termos corrigidos de sazonalidade, acreditamos que estamos muito próximo disso", afirmou o governante.
Para alguns organismos como o Fundo Monetário Internacional (FMI), o elevado desemprego em Espanha exige uma redução maior dos custos do despedimento e uma queda adicional dos salários, com De Guindos a destacar o esforço já feito do lado da moderação salarial.
"Esta moderação está a ter um efeito claro nos ganhos de competitividade", disse o ministro, referindo também que a contenção salarial já serviu para travar a destruição do emprego.
Luis de Guindos afirmou ainda que, na segunda metade deste ano, a economia espanhola vai sair da recessão, devido à evolução positiva que se espera no turismo e nas exportações.
Esta situação deverá permitir que, pela primeira vez na história recente de Espanha, o saldo comercial termine o ano de 2013 praticamente nulo.
O PSOE já reagiu a estas previsões do governante espanhol, considerando que os dados económicos conhecidos não corroboram o seu otimismo.