"O Estado tem de gastar menos, e está a gastar menos", disse Passos Coelho, ao comentar os dados, na apresentação, em Sintra, do candidato da coligação PSD/CDS/MPT Pedro Pinto à Câmara local.
De acordo com a síntese de execução orçamental de Julho, divulgada na sexta-feira pela Direcção-Geral do Orçamento, o défice da administração central melhorou, até Julho, cerca de 500 milhões de euros, embora os gastos com subsídios de desemprego tenham aumentado 10,5% e o défice das administrações públicas ultrapassado os cinco mil milhões de euros.
"Os dados vieram confirmar que nós continuamos a reduzir a despesa efectiva do Estado. Continuamos a estar abaixo daquilo que ficou fixado, o que significa que vimos cumprindo aquilo que foi anunciado como importante para o país", assinalou.
Apesar de reconhecer o aumento na despesa com prestações sociais, Passos Coelho sustentou que o Governo "está mais próximo de tirar o país da assistência financeira", assinalando que o rácio da dívida pública "vai baixar", apontando para o final do ano um rácio de 122 por cento.
"À medida que vamos pagando a dívida, o rácio vai baixar, e vai baixar porque o dinheiro que estamos a acumular previdentemente para pagar as dívidas será utilizado para as pagar. Deixará de estar em depósitos no Banco de Portugal", frisou.
Não obstante admitir que a dívida pública "tem vindo a crescer", fruto do aumento da despesa com os apoios sociais, o chefe do Governo considerou que Portugal terá "a breve prazo" uma "trajectória da dívida novamente virtuosa", uma vez que "a despesa efectiva do Estado vai diminuindo".
Esta foi a primeira intervenção de Passos Coelho depois do discurso na Festa do Pontal, em Quarteira, que marcou o fim das férias do primeiro-ministro.
Sobre a candidatura do vice-presidente do PSD Pedro Pinto à presidência da Câmara de Sintra, o líder do partido disse que foi uma "escolha feliz", uma vez que o candidato "acrescenta coerência e ética à política".
Passos Coelho elogiou o "trabalho feito" pelo actual presidente do município, Fernando Seara, que se candidata à presidência da Câmara de Lisboa, agradecendo "o testemunho do progresso enorme" de Sintra.