Há cerca de dois anos, no final de Novembro, a empresa que assessorava a comunicação da CTG prometeu “instalar [uma] fábrica de turbinas eólicas em Portugal até ao Verão de 2013” que, relembra hoje o Jornal de Negócios, teria um volume anual de exportações superior a 500 milhões de euros, produzindo 800 turbinas por ano.
Acontece que o Verão de 2013 está quase a terminar e, segundo soube o Jornal de Negócios, a promessa caiu por terra devido ao excesso de capacidade de fabrico de turbinas eólicas, e isto apesar de ser uma das contrapartidas que a CTG incluiu na proposta escrita de compra de 21,35% da EDP.
Contactado pelo mesmo jornal, o Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia não confirmou se a promessa é ou não uma carta fora do baralho. Contudo, assegurou fonte do gabinete de Jorge Moreira da Silva, “o Governo acompanha, através da Secretaria de Estado da Energia, em articulação com as Finanças, o cumprimento das obrigações previstas no caderno de encargos da privatização [da EDP]”.
Além da unidade de turbinas eólicas, a CTG também está a falhar com a promessa de “apoio à economia portuguesa através de uma plataforma local de investimento e desenvolvimento em renováveis, a partilha de conhecimentos técnicos, designadamente na área hídrica, e o potencial de futuras cooperações no sector industrial”.