Burla no BPN usada para 'jogos da bola'

O ex-presidente do BPN-Crédito e mais três ex-administradores estão acusados de burla e abuso de confiança. Ao todo são 23 milhões em crédito irregular e um desfalque de 3,7 milhões, dinheiro que foi usado para financiar clubes e negócios, informa o Jornal de Notícias.

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Notícias Ao Minuto
16/09/2013 09:18 ‧ 16/09/2013 por Notícias Ao Minuto

Economia

BPN

Quatro gestores, Óscar Costa, Mário Martins, Jorge Humberto Costa e Alfredo Miguel Viera Machado, estão acusados por burla e abuso de confiança por usarem dinheiro de empréstimos de carros, que ronda os 23 milhões de crédito irregular e um desfalque de 3,7 milhões, para financiar clubes de futebol e negócios.

Segundo uma acusação do Departamento de Investigação e Acção Penal do Ministério Público (MP) do Porto, o economista Óscar Silva que foi presidente da sociedade financeira do grupo Sociedade Lusa de Negócios responsável pelo crédito automóvel, abusou do seu estatuto para outras finalidades, nomeadamente clubes de futebol e negócios privados, recebendo em troca comissões.

Os contratos eram feitos para aquisição de automóveis de luxo, para marcas como a Porshe, Audi, Mercedes, Jaguar, BMW e Jeep, contudo, eram apenas fictícios.

O ex-líder do Tirsense, José Maria Fonseca, o presidente do Leça F.C, Manuel Rodrigues, o ex-líder do Salgueiros, e já falecido José António Linhares, o administrador do FCP Reinaldo Teles e o irmão Joaquim Pinheiro, vice-presidente dos dragões, o ex-dirigente do Famalicão foram alguns dos beneficiários deste desfalque.

Contudo, o empresário de futebol e ainda dirigente do Vila-novense, Nelson Almeida, foi o que conquistou o valor mais fraudulento, somando um valor de 6.430 milhões Este desfalque permitiu a construção do clube Corinhthians Alagoano, do Brasil.

Para além do crédito, entre 1999 e 2001, os ex-gestores são acusados também de desfalque ao BPN-Crédito em 3,7 milhões, a que segundo o MP, regista 10 grupos de benificiários.

Segundo o JN, todos os benificiários acabaram por celebrar novos acordos com o BPN e acabar por pagar tudo ou quase tudo o que deviam.

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