Um relatório de economistas do FMI dá a entender que os peritos acreditam que demasiada austeridade tem um preço e que este pode ser muito alto e ter consequências dramáticas.
“Mesmo para os países sob pressão dos mercados, há limites de velocidade que regulam o ritmo desejável do ajustamento”, refere o relatório do FMI, citado pelo Diário Económico.
Para aqueles economistas, “um ajustamento muito grande – pelo menos a curto prazo – pode conduzir a um aumento, em vez de uma diminuição, no rácio da dívida e nos custos dos empréstimos”.
Na prática, nem sempre cortar o défice muito depressa leva a resultados positivos na dívida. “Em muitos países os desequilíbrios orçamentais são tão grandes que, resolvê-los no curto prazo, exigiria um ajustamento a uma escala que afectaria de modo dramático a actividade económica e teria consequências devastadoras no fornecimento de serviços públicos”, lê-se no relatório.
Por outro lado, os peritos reconhecem que para os países que perderam o acesso aos mercados não têm outra solução que não a de fazer a consolidação orçamental nos primeiros anos do ajustamento, em especial para voltar a ganhar a confiança dos investidores.