Ainda que a diminuição do poder de compra tenha afectado todos os portugueses (entre 15% a 20% desde 2010) os mais afectados são os pensionistas, em especial os da Caixa Geral de Aposentações, que sofreram uma diminuição de 13% no seu rendimento. Os reformados da Segurança Social perderam 12,5%.
Estas conclusões são do economista António Rosa, que indica ainda que apenas um terço desta quebra se deve à inflação, atribuindo dois terços da responsabilidade ao aumento dos impostos. Há ainda, segundo Rosa, uma diferença de perdas entre os sectores privado e público: 14,7% e 18%, respectivamente.
No entanto, estas medidas que tanto afectam os rendimentos gerais dos portugueses não têm, de acordo com o economista, surtido os efeitos desejados relativamente à amortização da dívida pública: “Entre 1996 e 2006, a dívida pública cresceu 10,2 pontos percentuais, nos quatro anos seguintes aumentos 24,6 pontos percentuais e, entre 2010 e 2012, com a troika, aumentou 29,6 pontos percentuais”.