“Portugal já saiu da recessão e apresenta o maior crescimento da Europa”. A afirmação pertence ao chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, que, numa entrevista ao jornal sueco Dagens Nyther, reitera, uma vez mais, a premência de um compromisso de salvação nacional para o País.
Frisando a necessidade de existirem em Portugal “governos mais abrangentes para fortalecer a confiança e aumentar a estabilidade política”, o Presidente da República dá, por outro lado, razão ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que disse haver preconceitos contra o País, o que é particularmente injusto quando o "povo português tem mostrado um grande sentido de responsabilidade".
Isto porque, no entender de Cavaco Silva, não há qualquer “razão lógica para as obrigações do Estado português atingirem taxas de juro de 7%”.
“Se temos esses sinais positivos na economia, se finalmente começamos a ver uma luz ao fundo do túnel, se começamos a perceber que a nossa economia se prepara para recuperar, por que os mercados não nos premeiam com taxas de juro mais baixas”, questiona o chefe de Estado na mesma entrevista.
Refira-se que Cavaco inicia hoje uma visita de três dias à Suécia.