No final desta semana terminava o prazo pedido, no início de Agosto, pelo Governo ao banco Santander para entregar aos tribunais ingleses a defesa das empresas públicas, relativamente à nulidade dos contratos swap celebrados com a instituição liderada por Vieira Monteiro. Mas, avança hoje o Diário Económico, pela segunda vez, o Executivo pediu mais umas semanas.
Este facto deve-se, recorde-se, a processos que o Santander levantou através da justiça inglesa por forma a confirmar a validade dos contratos tóxicos vendidos a empresas públicas portuguesas, designadamente do sector dos transportes, que totalizam perdas de 1.200 milhões de euros.
Porém, este pedido pode significar que está cada vez mais afastado o cenário de um acordo entre o banco e o Governo.
O que, a confirmar-se, será resolvido na barra dos tribunais inglesas e, a partir daí, das duas uma: se forem considerados válidos, as empresas serão obrigadas a retomar o pagamento do swap; mas se forem, conforme pretende provar o Estado português, considerados nulos, cada parte terá de devolver os pagamentos já efectuados.
O Diário Económico lembra que já foram canceladas 69 operações com outros bancos, sendo a instituição liderada por Vieira Monteiro a única com a qual o Governo ainda não chegou a acordo.