A lei que foi aprovada pelo Executivo estabelecendo um tecto máximo para as remunerações mensais auferidas pelos gestores públicos abriu a janela a algumas excepções. Ou, talvez, até muitas portas.
Se Pedro Passos Coelho, que , no fundo, tem a seu cargo a gestão de um País inteiro, encaixa mensalmente 4.892,95 euros, existem 58 responsáveis por empresas estatais que amealham mais do que este montante, sendo que 33 dos mesmos chegam a ganhar mais do dobro do salário do primeiro-ministro, conta o Diário de Notícias.
À frente deste ranking, por assim dizer, encontra-se o presidente da TAP, Fernando Pinto. São 30 mil euros aqueles que lhe caem na conta todos os meses. Mas não é caso único no que à transportadora aérea nacional diz respeito. São cinco os vogais da TAP que recebem 20 mil euros por mês, o que perfaz um total de 100 mil, a que se somam os 30 mil do responsável máximo.
Contudo, estes gestores passarão a sair a custo zero ao Estado já a partir de 2014, a reboque da concessão da ANA, pelo que os seus vencimentos se desvincularão dos cofres públicos.
Não obstante, muitos outros continuarão a custar quantias astronómicas ao País. De gestores da Caixa Geral de Depósitos, até aos dos CTT, passando pelos do IGCP, Fidelidade ou Parque Expo, o Orçamento do Estado para 2014 prevê a manutenção destes ordenados, no mínimo, privilegiados.