BIC Angola ajudou Governo a resolver problema do BPN

O presidente do Banco BIC Angola considerou que o grupo de capitais luso-angolanos ajudou, com a compra do BPN, o Governo português a resolver um "problema difícil", e que o preço da operação foi "bom" para o Estado português.

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Lusa
17/10/2013 10:19 ‧ 17/10/2013 por Lusa

Economia

Fernando Teles

"Nós, BIC Angola, ajudámos o Governo português a resolver um problema difícil", ao apoiar o BIC Português a adquirir o Banco Português de Negócios (BPN), afirmou o banqueiro, em entrevista à agência Lusa, realizada no início da semana, em Lisboa.

"Fomos muito moderados, comprometemo-nos a ficar com 750 trabalhadores e ficámos com 1.170 colaboradores. Comprometemo-nos a fechar 65 balcões e fechámos 24. O que quer dizer que, para Portugal, o negócio que fez com o BIC [Português] foi melhor do que estava contratado", salientou.

Questionado sobre as críticas que se ouvem acerca do preço da operação de reprivatização (40 milhões de euros), Fernando Teles considerou que o encaixe resultante foi melhor para o Estado do que se o banco tivesse sido liquidado.

"Quanto ao preço, acho que terá sido bom para o Estado. Porque pior era liquidar. Se tivesse que liquidar, [o Estado português] tinha que indemnizar os trabalhadores", sublinhou.

O responsável destacou também que "o crédito que ficou com o BIC, o BIC ficou responsável por ele", ao passo que "o crédito que ficou nas empresas do Estado, como há o BIC, isso está a ajudar a recuperá-lo".

Assim, na opinião de Fernando Teles, "o Estado acabou por não fazer tão mau negócio como as pessoas dizem".

E reforçou. "O assunto BPN foi resolvido da melhor maneira possível. Se era possível resolver de outra forma? Era, se tivesse sido mais cedo, há mais anos, se se tivessem detetado as irregularidades, que se vieram a detetar, mais cedo".

Fernando Teles disse que "houve consenso" entre os acionistas do BIC Angola acerca deste negócio, apesar de nem todos estarem de acordo na fase inicial.

"Era um negócio difícil, porque tinha uma carga política muito grande", justificou.

"Nós não comprámos o BPN todo. Comprámos parte dos recursos, parte do capital, parte das agências e parte dos trabalhadores. Aliás, quando se tentou vender tudo, na primeira vez, ninguém mostrou interesse. Porque toda a gente sabia o buraco que estava no BPN", frisou.

 

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