“Quando comparamos [as medidas] com o esforço que fizemos em 2012, não representam um esforço maior, nem para os pensionistas nem para os funcionários públicos. Eles não vão em 2014 sofrer uma redução superior àquela que tiveram em 2012 [com o corte dos subsídios] ”. Foi desta forma que a partir do México, onde se deslocou para uma visita oficial, que o primeiro-ministro Passos Coelho comentou o “duro” Orçamento do Estado.
Acontece que, segundo contas feitas e hoje divulgadas pelo Diário Económico, o cenário que se avizinha, pelo menos para 47% dos funcionários do Estado, não é bem assim e o esforço será na verdade superior ao que foi feito há dois anos.
Ao corte entre 2,5% e 12% logo a partir dos 600 euros de salário, à que somar ainda a taxa de IRS em vigor ao escalão correspondente e a sobretaxa de 3,5%, que se mantém no Orçamento para o próximo ano. O que significa que, pelo menos, 270 mil (cerca de 47%) trabalhadores do Estado (excluindo o sector empresarial) vão ficar a perder.
Sendo que, salienta o Diário Económico, fora das suas contas ficaram ainda os descontos de 11% para a Caixa Geral de Aposentações (CGA) ou Segurança Social, os subsídios de alimentação e as contribuições para a ADSE, que vão subir no próximo ano.
