A privatização dos CTT vai implicar alterações ao nível salarial dos funcionários, visto que, explica hoje o Jornal de Negócios, deixarão de estar vinculados às regras impostas à Função Pública.
Assim sendo, e a concretizar-se a venda da empresa ainda no final deste ano, os trabalhadores dos CTT retomarão os níveis salariais de 2010 e já não serão afectados pelos cortes previstos na proposta de Orçamento do Estado para 2014.
Esta situação não prevê, porém, sublinha o Jornal de Negócios, o pagamento de retroactivos a estes funcionários que desde 2011 foram abrangidos pelas medidas aplicadas aos rendimentos dos funcionários públicos, como a suspensão dos subsídios e o corte progressivo nos salários acima dos 1.500 euros.
A reposição dos salários poderá ser uma via para os sindicatos encararem de outra forma a privatização da empresa. Ainda que, não haja garantias de que os ‘novos donos’ dos CTT não pretendam avançar com medidas de igual impacto sobre o rendimento ou número de trabalhadores.
Segundo o Jornal de Negócios, no final do primeiro semestre, a empresa tinha 13.156 funcionários, menos 939 do que em igual período de 2012.