Na análise da UTAO ao segundo Orçamento Rectificativo para este ano, a unidade conclui que “excluindo o efeito de medidas de natureza temporária, a projecção actual aponta para um défice idêntico ao verificado no ano anterior”, ou seja 5,8% do PIB, o mesmo valor registado em 2012.
Neste sentido, e assumindo as estimativas comunicadas pelo Governo português a Bruxelas no final de Setembro, “o défice das administrações públicas ascendeu a 6,4% em 2012, o que corresponde a défice um excluindo medidas temporárias de 5,8% do PIB. Por sua vez, o défice agora previsto, excluindo medidas temporárias, deverá ascender a 5,8%, ou seja, igual ao verificado em 2012 em termos comparáveis”.
A UTAO conclui, por isso, que o brutal aumento de impostos, conforme classificou o antigo ministro das Finanças, Vítor Gaspar, não foi suficiente para fazer baixar o défice ajustado.
Segundo o Jornal de Negócios, que teve acesso à análise da UTAO, este cenário é explicado por desvios em várias rubricas, entre elas as despesas com pessoal e consumos intermédios.