A promessa, feita em 2011 pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, de um “Governo seco, enxuto, disciplinador e frugal, com um número de ministros não superior a dez” cai por terra de ano para ano.
Actualmente, não só é maior o número de ministérios e, consequentemente, de ministros e respectivas equipas e gabinetes, como a despesa prevista para 2014 é, segundo contas feitas pelo DN, 10% superior à deste ano.
Entre os 36,7 milhões de euros previstos (33,3 milhões de euros em 2013) não só para salários de ministros, secretários de Estado, chefes de gabinetes, adjuntos, assessores, técnicos secretários, motoristas e auxiliares, mas também para a aquisição de bens e serviços (12,9 milhões), deslocações e estadas (2,8 milhões), limpeza e higiene (266 mil euros) e comunicações (1,2 milhões).
A única despesa que desce em relação a 2013, salienta o DN, são os gastos com material de escritório, pagamentos de estudos, pareceres e consultoria (menos 6%).
Se analisarmos esta despesa por ministérios, logo à cabeça surge a Presidência do Conselho de Ministros (9,4 milhões), onde estão os gabinetes de Passos, Portas, de mais dois ministros e dez secretários de Estado. A este segue-se o das Finanças tutelado por Maria Luís Albuquerque (3,5 milhões) e o da Economia de Pires de Lima (3,4 milhões).
Entre os menos gastadores encontramos, destaca o DN, o da Justiça de Paula Teixeira da Cruz (1,6 milhões) e o da Solidariedade, Emprego e Segurança Social (1,8 milhões) de Mota Soares.