Foi a UGT que levou o tema a discussão, ontem em sede de concertação social. “ É fundamental ver-se bem o que está a acontecer em certas profissões que, de acordo com normas internacionais, não podem trabalhar a partir de uma determinada idade”, sustentou Lucinda Dâmaso, da central sindical.
Nesta situação estão pilotos, camionistas e motoristas de transportes públicos de passageiros que quer por regras externas impostas à actividade que exercem, quer até pelo Código da Estrada, estão impedidos de prolongar a vida activa para lá dos 65 anos de idade, visto que, destacou a sindicalista, isso "poderá pôr em risco as pessoas que transportam".
Segundo adiantou a UGT e confirmou o Jornal de Negócios, o ministro da tutela, Pedro Mota Soares, ter-se-á mostrado disponível a olhar esta questão com particular atenção.
“O senhor ministro disse que esta situação se manteria”, ou seja, que não seria abrangida pelo aumento da idade de reforma, pelo que, acrescentou a sindicalista Lucinda Dâmaso, “esperemos que isso passe ao papel para termos a garantia que assim é, que estes trabalhadores ficam protegidos”.
Recorde-se que, a proposta do Orçamento do Estado para 2014 prevê o aumento da idade de reforma, dos actuais 65 para 66 anos, para a generalidade dos trabalhadores públicos e do sector privado.