Serviços do Estado sem dinheiro para salários até Dezembro

Vários serviços da Administração Pública estão a solicitar à Direcção-Geral do Orçamento para descativar verbas para que possam pagar salários até ao final do ano, avança hoje o Diário Económico. Ou seja, esclarece o jornal, estas entidades do Estado estão sem dinheiro para fazer face a todas as despesas com pessoal até Dezembro.

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Notícias Ao Minuto
30/10/2013 08:06 ‧ 30/10/2013 por Notícias Ao Minuto

Economia

DGO

O orçamento de alguns serviços da Administração Pública têm até ao final do ano não chega para as despesas com pessoal, designadamente salários, apurou hoje o Diário Económico, acrescentando que os mesmos já pediram à Direcção-Geral do Orçamento (DGO) para descativar verbas.

O jornal recorda que com o primeiro Orçamento Rectificativo, em 2013, o na altura ministro das Finanças, Vítor Gaspar, aplicou uma cativação de cerca de 200 milhões de euros sobre estas despesas nos serviços do Estado, o que reduziu o dinheiro que tinham disponível para pagar aos respectivos funcionários.

Apesar do alerta da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) para o “elevado risco” de execução desta cativação, o Governo decidiu mantê-la por forma a compensar o chumbo do Tribunal Constitucional à suspensão dos subsídios e a reforçar a redução de despesa.

Mas, salienta o Diário Económico, as despesas com pessoal acabaram por ficar acima do esperado. Além disso, a DGO aplica uma redução média de 5% às dotações para despesas com pessoal nos serviços do Estado. Acontece que, na prática, o impacto deste ‘corte’ é variável de acordo com o tipo de serviço.

Explica o Diário Económico que, um serviço com menos trabalhadores qualificados e, logo, com salários mais baixos, está sujeito a uma redução inferior a 5%, mas no caso dos funcionários serem altamente qualificados, essa ‘taxa’ é superior a 5%. Resultado: se em alguns serviços sobram verbas, noutros, nomeadamente os com trabalhadores menos qualificados, falta dinheiro.

São esses serviços da Administração Pública que estão agora a pedir à DGO a descativação de verbas para poderem garantir o pagamento dos salários até Dezembro.

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