Teixeira dos Santos defende que o guião da Reforma do Estado, apresentado esta semana após meses de espera e indecisão, “é um sinal de desnorte” pois revela a existência de falta de orientação por parte do Executivo.
Em declarações à TSF, o antigo dono da pasta das Finanças, no governo de José Sócrates, teceu severas críticas a Paulo Portas, acusando-o pelos maus aspectos do documento. Paulo Portas, disse Teixeira dos Santos, “não passava e nem sequer ia à oral”.
“Este documento foi feito por um aluno que tinha de apresentar um trabalho, que falhou o prazo, que não estudou a matéria e que sendo instado a apresentar o trabalho, escreveu-o à pressa”, criticou.
Mais, Teixeira dos Santos diz mesmo que este documento parece ter feito por alguém que recorreu à “Wikipédia e fez corta-e-cola”.
Teixeira dos Santos frisou ainda que o documento esta semana apresentado não pode ser “tratado com esta ligeireza”. Para o antigo ministro, “um guião é uma coisa que serve para guiar e acho que este documento é um sinal de desnorte, porque custa a acredita que o Governo venha a subscrever um documento, sob o ponto de vista formal e substantivo, muito pobre”.