"Ninguém devia receber uma pensão superior a dois mil euros"

O antigo ministro das Finanças, Silva Lopes, afirmou ontem, na antena da TVI24, que “nas actuais circunstâncias do País”, nenhum português devia receber “uma pensão líquida” que exceda os “dois mil euros”. Além disso, referiu Silva Lopes, ninguém com “uma receita de mil euros” devia receber pensão de viuvez.

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Notícias Ao Minuto
05/11/2013 08:06 ‧ 05/11/2013 por Notícias Ao Minuto

Economia

Silva Lopes

No programa ‘Olhos nos Olhos’ da TVi24, o comentador habitual Medina Carreira convidou, esta segunda-feira, o antigo ministro das Finanças, Silva Lopes, que abordou alguns temas que têm marcado a actualidade informativa.

Particularmente em relação às pensões e aos cortes previstos no Orçamento do Estado para 2014, Silva Lopes defendeu “que uma pensão líquida de dois mil euros, nas circunstâncias actuais do nosso País, não devia ser excedida”.

“Isto não é um problema de opinião política é um problema de facto. A gente não pode continuar com o sistema actual, não há dinheiro para isso”, justificou.

Além disso, Silva Lopes considerou ainda que um outro corte de 10% devia ser aplicado às pensões médias, acumulando com a tesourada no mesmo valor que o Governo prevê aplicar às reformas no próximo ano, de acordo com o Orçamento de Estado para 2014.

O ex-governante que aufere, actualmente, três pensões, entre as quais uma de sobrevivência, revelou na antena da TVI24 que “no total líquido” não recebe “mais de três mil euros por mês” mas que está “disposto a que esses três mil passem para dois mil”.

Já em relação às pensões de sobrevivência, disse não concordar com as mesmas, afirmando mesmo: “Nem eu, nem ninguém que tenha mais de mil euros de receita” devia recebê-la.

Opinião diferente manifestou em relação aos cortes dos salários dos funcionários públicos, considerando que “atingiram o limite”.

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