Pires de Lima esteve hoje no parlamento, no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2014 (OE2014), numa "maratona" de mais de cinco horas, o que teria dado tempo para "correr 80 quilómetros", como o próprio afirmou.
Durante a sua intervenção, Pires de Lima apelou várias vezes ao consenso político e citou, por diversas vezes, indicadores positivos da economia portuguesa e, embora se tenha manifestado confiante, disse ser necessário alguma "prudência" na leitura dos mesmos.
"Ouvi os discursos inflamados da oposição e acho que o tempo será o melhor aferidor, a melhor resposta às dúvidas e inquietações" da oposição, afirmou, adiantando que o PS, Bloco de Esquerda e Partido Comunista "correm o risco de parecerem ser partidos zangados com a retoma económica".
Pires de Lima reiterou que as empresas privadas não têm de estar à espera que o Estado aumente o salário mínimo nacional e defendeu que as entidades que estão a ter bons resultados devem partilhar isso com os seus trabalhadores.
"O convite que faço é que as empresas que estão situadas em setores em que já estão a conhecer crescimento económico, mais rentáveis, saibam partilhar os ganhos com os seus trabalhadores", afirmou Pires de Lima, na sua intervenção final.
"O setor privado não tem que estar à espera que o Estado aumente o salário mínimo nacional", já que "não pode fazê-lo antes" do cumprimento do programa de ajustamento.