"Manchetes sobre Angola distraem portugueses da triste realidade"

Num artigo publicado hoje no Jornal de Angola constam novas e duras críticas a Portugal, particularmente ao “Ministério Público” e aos “órgãos de comunicação social”. Os portugueses são, escreve o autor anónimo do texto, têm sido “distraídos da triste realidade em que vivem mergulhados” com as machetes e aberturas de noticiários “sobre inquéritos a altas figuras do Estado Angolano”, enquanto “os seus salários e pensões de reforma desaparecem” e “multiplicam-se os multimilionários” no País.

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Ana Lemos
15/11/2013 13:51 ‧ 15/11/2013 por Ana Lemos

Economia

Imprensa

Com o título ‘Procuradores justiceiros’ é hoje publicado um texto no Jornal de Angola, onde o mal-estar entre os dois países volta a ser o tema dominante depois de “o Ministério Público português” ter arquiva “o inquérito a Manuel Vicente e Higino Carneiro, (…) aberto por denúncia caluniosa (…) mas que serviu às mil maravilhas para (…) fazer manchetes onde o nome do vice-Presidente da República, Manuel Vicente, apareceu associado a crimes graves”.

Mas o autor anónimo do artigo vai mais longe, afirmando que “os empregados de Pinto Balsemão (presidente do grupo Impresa) e Belmiro de Azevedo (da Sonae) são falsos jornalistas” mas “verdadeiros acusadores públicos, juízes e carrascos”.

“A abertura do inquérito a Manuel Vicente e Higino Carneiro fez manchetes e abriu noticiários” e “os portugueses, sem circo nem pão, exultam de contentamento” e “são distraídos da triste realidade em que vivem mergulhados”, pode ler-se no texto.

Acontece que, acrescenta o autor, “à medida que os seus salários e pensões de reforma desaparecem, multiplicam-se os multimilionários” e “entretidos com as manchetes sobre inquéritos a altas figuras do Estado Angolano não reagem, não reclamam, não se revoltam”, pelo que, conclui, “Angola ainda é um anestesiante poderoso para os saudosos do colonialismo”.

Porém, “o mais grave” é que, considera o autor, “as violações do segredo de justiça que servem para julgar e condenar altas figuras do Estado Angolano na praça pública têm honras de primeira página”, ao passo que “os arquivamentos levam apenas uma nota de rodapé”.

“Os órgãos de comunicação social portugueses hoje são apenas espaços de negócios ilícitos, instrumentos para tráfico de influências e armas de arremesso contra quem se atravessa no caminho dos detentores do poder económico”, pelo que, “enquanto o?Ministério Público e o jornalismo português viverem nesta lógica, Portugal não vai conseguir desenvolver relações de amizade e respeito mútuo com ninguém. Só com as ervas daminhas”, remata o autor do texto hoje publicado no Jornal de Angola.

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