As empresas da indústria farmacêutica escaparam a uma taxa semelhante à aplicada no sector energético prevista no Orçamento do Estado para 2014 e com o qual o Governo espera arrecadar 150 milhões de euros.
O ministro da Saúde, Paulo Macedo travou as intenções do Governo, pois considera que esta duplicaria o esforço das farmacêuticas e colocaria o sector em desvantagem face a outros, avança o Diário Económico.
Para Macedo esta taxa iria deitar por terra as negociações em curso com a Apifarma, que têm como objectivo baixar a despesa com medicamentos este ano.
Segundo uma fonte do gabinete do ministro, “a baixa de preços e a redução da despesa com o medicamento hospitalar é quanto baste para a participação do sector no esforço nacional”.
A ameaça de uma taxa terá sido, também, aproveitada pelo ministro para pressionar a Apifarma a fechar o acordo sobre os medicamentos, cujas negociações já se arrastavam desde o ano passado.
Ainda de acordo com o governante, a indústria farmacêutica teve uma quebra significativa de margem nos últimos anos, mas, simultaneamente, foi a época em que recebeu mais dinheiro para pagamento de dívidas do Serviço Nacional de Saúde.
Paulo Macedo garante que o sector poderá ser alvo de intervenções, mas não sofrerá mais reduções.