O ‘número mágico’ de Machete, referente à taxa de juro necessária evitar um segundo resgate para Portugal, não era afinal uma ‘invenção’ de Rui Machete.
A taxa de 4,5% já tinha sido referida numa simulação da Comissão Europeia, aquando das 8ª e 9ª avaliações, avança o semanário Expresso, no dia em que foram divulgados os cálculos sobre a sustentabilidade da dívida pública.
Na visita a Portugal, a Comissão Europeia referiu a taxa de 4,5%, proferida nas declarações de Rui Machete que se tornaram polémicas, para a dívida de longo prazo a partir de 2017.
Porém, não existe relação entre este valor para os juros a prazo e o que terá de vigorar até ao final do programa de resgate, para Portugal voltar a emitir dívida, como Machete referiu.
O valor referido por Bruxelas tem a ver com a taxa que deverá ser assegurada no futuro (a partir de 2017), para garantir a sustentabilidade, para um crescimento nominal do PIB entre 3,5% e 4%.