"Há riscos (de derrapagem) para todos os países. Alguns vão certamente ter de fazer mais esforços", afirmou Dijsselbloem à chegada a uma reunião de ministros das Finanças da zona euro, em Bruxelas.
"Vamos ter hoje, espero, um debate sensato sobre este assunto", acrescentou. Na reunião devem ser abordados os avisos feitos pela Comissão Europeia aos orçamentos de países da zona euro.
Na passada sexta-feira, a Comissão Europeia alertou a Espanha e a Itália para "riscos" nos respetivos projetos de orçamento para 2014, na sua primeira análise a planos orçamentais dos países do euro, da qual os países sob assistência financeira, como Portugal, ficam excluídos.
Sobre a situação de França, Dijsselbloem mostrou-se hoje particularmente crítico, em declarações ao jornal alemão Handelsblatt.
"Vamos ver se a França respeita os seus compromissos, o país tem até 2015 para o fazer. O que foi decidido até agora por Paris não é suficiente. É evidente que a França tem de fazer mais", declarou.
A França obteve de Bruxelas um prazo de dois anos, até 2015, para colocar o seu défice público no limite de 3% do PIB (Produto Interno Bruto). Em troca, comprometeu-se a fazer um determinado número de reformas, nomeadamente sobre aposentações e mercado de trabalho.