Dados são "manta que destapa pés, mas deixa crise" camuflada

Os dados da execução orçamental, entre os meses de Janeiro e Outubro, dão conta um aumento da receita fiscal do Estado e de uma melhoria na Segurança Social. Contudo, e apesar de serem “boas notícias” para o Governo, funcionam como uma “manta que destapa pés e cabeça, mas que deixa crise” camuflada, disse esta sexta-feira aos microfones da SIC Notícias o economista Francisco Louçã.

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Notícias Ao Minuto
22/11/2013 22:40 ‧ 22/11/2013 por Notícias Ao Minuto

Economia

Francisco Louçã

“Para o Governo, as notícias são boas. Provam que, com pouco deslize, o Executivo pode ficar na meta do défice deste ano. O problema é o Orçamento do próximo ano”, sendo que “a meta do défice é muito mais exigente”, salientou hoje Francisco Louçã, na SIC Notícias, referindo-se aos dados da execução orçamental, avaliados pela Direcção-Geral do Orçamento entre os meses de Janeiro e Outubro, que dão conta de um aumento da receita fiscal do Estado e de uma melhoria na Segurança Social.

O antigo líder do Bloco de Esquerda falava à margem da sua rubrica semanal, ‘O tabu de Francisco Louçã’, na SIC Notícias, onde afirmou também que os números hoje conhecidos se tratam de uma “manta que destapa pés e cabeça, mas que deixa crise” camuflada.

O economista indicou, assim, que houve um “enorme aumento do IRS”, mas que só agora “se está a chegar à conta das pessoas”, já que estes valores ainda não constam nos dados da execução orçamental agora apresentados.

Já sobre o relatório da Comissão Europeia, que demonstrou “menos recuperação do que a pequena melhoria que estava prevista”, Louçã referiu “isso aumenta as pressões sobre o Tribunal Constitucional”.

Bruxelas “voltou a pressioná-lo, tal como Durão Barroso já o tinha feito”, o que se traduz numa tensão “sobre a soberania portuguesa”, já que de acordo com Francisco Louçã, aquela instituição “provavelmente vai decretar inconstitucionalidade de algumas normas”.

Além disso, “o relatório do Governo para o Constitucional é um insulto. Não se trata de uma instância política, mas de um tribunal. É a constituição que está em causa”, rematou o antigo líder dos bloquistas.

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