Sob a ameaça de vários chumbos a diplomas do Orçamento do Estado para 2014, o Governo está decidido a apresentar de imediato, com vista a cumprir os compromissos assumidos com os credores internacionais, medidas alternativas e de igual impacto nos cofres do Estado.
Porque “o País não pode nem vai parar por causa disso”, salienta ao semanário Expresso uma fonte próxima do primeiro-ministro, a convicção de Passos Coelho é a de que apesar de “péssima”, a solução será um novo aumento de impostos.
Neste cenário, refere o semanário Expresso, o que está em cima da mesa é, desde logo, o aumento do IVA que pode concretizar-se de três formas: aumento de 1% em todas as taxas; aumento de 1% apenas na taxa máxima; ou pelo aumento da taxa máxima, a eliminação da intermédia e redução dos produtos que beneficiam da mínima.
Falando em termos de valor, ou seja, de receita para o Estado, a convergência de pensões ronda os 740 milhões de euros, ao passo que, revela o semanário Expresso, este aumento do IVA pode variar entre os 400 e os 900 milhões de euros.
“Já nos comprometemos a baixar o IRC e é impensável aumentar o IRS, porque iria reduzir o rendimento disponível num momento em que precisamos de estabilizar o mercado interno. Portanto, o IVA é o ‘suspeito do costume’”, justifica outra fonte governamental ao semanário Expresso.