Investidores atentos a indicadores e resultados

A semana que agora se inicia não será fértil em termos macroeconómicos, ainda que os investidores aguardem pelos dados do mercado imobiliário nos Estados Unidos (EUA) e pelos indicadores de confiança na zona euro, a par de contas das empresas.

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Lusa
24/11/2013 11:23 ‧ 24/11/2013 por Lusa

Economia

Mercado

"A próxima semana será relativamente calma em termos macroeconómicos", antecipou Ramiro Loureiro, analista de mercados do Millennium investment banking, à agência Lusa, apontando para os dados relativos ao mercado imobiliário nos EUA, que serão apresentados no dia 26, realçando que a sua "desaceleração parece ser o calcanhar de Aquiles da Fed [Reserva Federal norte-americana]".

Dois dias depois, serão libertados os indicadores de confiança na zona euro que, segundo o especialista, "podem também ter o seu peso na evolução das praças europeias nesse dia".

Já no dia 27, "os investidores poderão estar focados nas contas da Royal Mail, empresa de serviços postais britânica, que se iniciou em bolsa a 11 de outubro, uma vez que em Portugal decorre a privatização dos CTT, com estreia em bolsa prevista para 5 de dezembro", sublinhou Ramiro Loureiro.

Além destes três acontecimentos destacados pelos responsável, serão ainda divulgados uma série de indicadores, sem tanto impacto nos mercados, ao longo da semana, que arranca com a divulgação da Venda de Casas Pendentes nos EUA em outubro, cujo número de contratos promessa compra e venda deverá ter subido 2%.

"Terça-feira, dia 26, realçamos nos EUA o índice de confiança dos consumidores medido pelo Conference Board (deverá subir de 71,2 para 72,1 em novembro) e alguns dados de mercado imobiliário (...)", assinalou o analista.

Na quarta-feira, terá lugar a divulgação das vendas a retalho na Alemanha (o mercado estima crescimento homólogo de 1,3% em outubro) e confiança dos consumidores mediada pelo Gfk (em que se antecipa uma estagnação de valor de leitura em dezembro, nos 7,0).

"De evidenciar ainda os dados do PIB no Reino Unido no 3.º trimestre (economia terá crescido 0,8% em termos trimestrais, com aumento de 0,6% no consumo privado, 0,6% nas exportações e 1,8% nas importações)", sublinhou Ramiro Loureiro.

Nos EUA serão apresentados os habituais pedidos de subsídio de desemprego, as encomendas de bens duradouros (esperada quebra de 1,7% em outubro) e o Chicago PMI (esperado abrandamento do ritmo de expansão da atividade industrial em novembro, descendo de 65,9 para 60,5). O indicador medido pela Universidade do Michigan deve confirmar uma quebra da confiança dos consumidores em novembro (descendo de 73,2 para 73).

Na quinta-feira, dia 28, as atenções estarão voltadas para os indicadores de confiança na zona euro no último mês (prevê-se maior otimismo na indústria, serviços e economia), bem como para dados de confiança económica e dos consumidores em Portugal. Na Alemanha serão revelados o Índice de Preços no Consumidor (inflação homóloga harmonizada deverá subir 10 pontos base em novembro, para 1,3%) e a taxa de desemprego (deve manter-se nos 6,9% pelo terceiro mês consecutivo em novembro).

A semana termina dia 29 com a divulgação na zona euro da taxa de desemprego (esperada estagnação nos 12,2% em outubro, pelo terceiro mês consecutivo) e IPC (inflação homóloga deve subir 20 pontos base para 0,9% em novembro).

Destaque ainda para as vendas a retalho na Alemanha (estimado aumento homólogo de 1,5% em outubro) e em Portugal, onde serão também revelados dados de produção industrial. No Reino Unido o instituto Gfk pode sinalizar melhoria da confiança dos consumidores em novembro (valor de leitura a recuperar de -11 para -10).

Na dívida pública, França e Alemanha financiam-se dia 25 nos mercados através de emissões de títulos de dívida de curto prazo. No dia seguinte será a vez de Espanha e Itália fazerem leilões de dívida. Dia 27 Alemanha e Itália voltam a fazer emissões. O tesouro italiano tem ainda agendado para dia 28 leilões de títulos a cinco e 10 anos de maturidade.

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