"O objetivo é identificar os pontos fortes em que devemos focar a nossa ação. Não vamos, para já, quantificar objetivos", disse hoje à agência Lusa o embaixador português, Jorge Torres-Pereira.
Será a primeira reunião do género e decorrerá na quarta e quinta-feira na Embaixada portuguesa em Pequim com a presença do chefe da missão, Jorge Torres-Pereira, e dos cônsules-gerais de Portugal em Xangai e Macau, João Pedro Fins do Lago e Vítor Sereno, respetivamente.
Aqueles três diplomatas foram colocados na China este ano, numa altura em que a liderança chinesa está empenhada em "aprofundar as reformas económicas" e "mudar o padrão de desenvolvimento".
Na reunião participarão também os três delegados da AICEP (Agencia para o Investimento e Comércio Externo de Portugal): Alexandra Ferreira Leite (Pequim), Filipe Santos Costa (Xangai) e Maria João Bonifácio (Macau).
Segunda maior economia mundial, logo a seguir aos Estados Unidos, a China está hoje entre os dez maiores mercados de Portugal, numa subida de mais de vinte lugares em relação a 2000.
Em 2012, as exportações portuguesas para a China cresceram 30% em relação ao ano anterior, ultrapassando pela primeira vez os 1.000 milhões de euros.
Pelas contas da Administração-geral das alfândegas chinesas, no primeiro semestre de 2013, as vendas de Portugal para China caíram cerca de 15%, mas, entretanto, recuperaram e se a tendência se mantiver, no final do ano atingirão um valor idêntico ao de 2012.
Entre janeiro e outubro, as exportações portuguesas para a China somaram 1.182 milhões de dólares (872,3 milhões de euros), apenas menos 2,64 do que em igual período do ano passado.
"São boas notícias", comentou o embaixador português em Pequim.
Portugal abriu a embaixada na República Popular da China em 1979 e 27 anos mais tarde inaugurou um consulado-geral em Xangai, a "capital económica" do país.
O consulado-geral de Macau foi criado após a transferência do território para a administração chinesa, em dezembro de 1999.