Em cima da mesa na décima avaliação ao programa de ajustamento, que terá início na próxima quarta-feira, estará novamente o mercado laboral, destaca hoje o Diário Económico, frisando que uma das questões que deverá voltar a ser discutida será a redução dos salários no sector privado.
O Fundo Monetário Internacional (FMI), a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu (BCE), vão regressar a Lisboa com a intenção de reduzir as restrições que existem no actual Código do Trabalho para as reduções salariais, assim como as contribuições sociais para os novos contratos e a descida do salário mínimo nacional para os jovens ou primeiros anos de trabalho.
Mas, revela o Diário Económico, o Governo de Passos Coelho apesar de não excluir a possibilidade de alterar uma ou outra medida no mercado laboral, opõe-se a uma nova mexida nos salários.
A recuperação do emprego em Portugal, que está a recuperar há seis meses consecutivos depois de dois anos de programa de ajustamento que fez o desemprego bater recordes, através de novas ofertas de trabalho mas com salários mais baixos dos praticados antes da chegada da troika ao País, será o argumento que o Executivo apresentará para ‘bater o pé’ às reduções.
Recorde-se que já nas anteriores avaliações ao programa de ajustamento, designadamente no sétimo exame, os credores internacionais avançaram com esta proposta, à qual desde sempre o Governo se opôs.