“Se considerarmos a tendência média anual [de vida] verificada entre 2000 e 2013, atingiremos os 67 anos em 2025”, revela hoje ao Jornal de Negócios a sócia-gerente da FSO Consultores, Filomena Salgado.
Este cálculo é feito partindo do pressuposto que o ritmo de esperança média de vida se manterá mas, salienta o Jornal de Negócios, a confirmar-se, o aumento da idade de reforma chegará mais cedo do que o previsto pelo Governo.
Mas, se não se calcular qualquer média entre 2000 e 2013 e se tivermos em conta apenas a evolução da esperança média de vida desde o início da década, então a subida da reforma chegaria em 2022. O que implica também uma antecipação fase ao esperado pelo Governo.
O ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares, anunciou no final da semana passada que a intenção do Executivo é aumentar, já no próximo ano, a idade de reforma para 66 anos, mantê-la congelada em 2015, e daí em diante ir aumentando um mês por ano até chegar a 2029, ano em que se prevê que chegue aos 67 anos.
Este foi o tema mais marcante da reunião de concertação social que sentou à mesma mesa, esta segunda-feira, sindicatos, patrões e Governo. Mas se os patrões dizem compreender a medida, o mesmo não acontece com os sindicatos, que se opõem. Já o Executivo, de acordo com fonte oficial do ministério de Mota Soares, diz estar aberto “ao diálogo para melhorar” o diploma.