Em 2007, o número de portugueses emigrados em Angola era de 33.366, tendo subido para 113.194 no ano passado, o equivalente a um acréscimo na ordem dos 240%, escreve o Diário Económico.
De destacar também que durante este mesmo período, o segundo país onde mais aumentou a emigração lusa foi Moçambique (52,6%).
Ainda assim, estes não são os destinos de topo dos cidadãos nacionais que escolhem ir trabalhar para fora. Na liderança da tabela está França, que passou de 491.000 emigrantes em 2007, para 580.240 em 2011 (dados mais recentes). Segue-se o Brasil, com 329.711 emigrantes em 2011 (quando tinha 276.703 no ano anterior).
Em terceiro lugar está a Suíça, que tinha lá 237.945 a trabalhar em 2012, ao passo que em 2007 tinha 193.299.
Angola surge apenas em sexto lugar, antecedido pela Alemanha em quarto lugar (119.236) e Espanha (133.407) em quinto.
Numa análise a estes números, o professor da Universidade de Lisboa Jorge Malheiros salientou ao Económico que o aumento do fluxo migratório para o país de José Eduardo dos Santos se deve ao “crescimento económico fortíssimo, muito rápido em período muito curto e a precisar de mão-de-obra com alguma especialização técnica”.
O Diário Económico divulga, assim, na edição de hoje dados do International Migration Outlook 2013 fornecidos pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros ao grupo parlamentar, como resposta à pergunta do deputado Carlos Alberto Gonçalves do PSD, que questionava o número de portugueses que tinham pedido para renunciar à nacionalidade portuguesa.