Menos de um terço dos crimes económicos acaba em condenação

Dados do relatório anual da Procuradoria-Geral da República (PGR), relativo ao ano passado, mostram que apenas 18, de um total de 707 processos de grande criminalidade económica e financeira, culminou na condenação em tribunal, destaca hoje o Diário Económico. O facto de serem crimes de prova difícil é uma das razões apontadas por procuradores e especialistas para este fenómeno.

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Notícias Ao Minuto
05/12/2013 09:07 ‧ 05/12/2013 por Notícias Ao Minuto

Economia

Justiça

Em 2012 foram instaurados pelo departamento do Ministério Público que investiga a grande criminalidade económica e financeira, nomeadamente corrupção e branqueamento de capitais, 707 inquéritos, sendo que, os tribunais confirmaram apenas 18 dessas acusações, o correspondente a menos de um terço (28,6%) do total de processos.

Os tribunais consideram que os restantes 689 não reuniam prova suficiente para a acusação. Esta é aliás, destaca o Diário Económico, a confirmação do que procuradores e especialistas neste tipo de criminalidade têm defendido: o crime económico é de difícil prova.

Os dados do relatório anual da PGR, relativos ao ano passado, indicam também que mais de metade das 1353 investigações que foram coordenadas pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) ainda não teve um ponto final.

Fonte da PGR esclarece ao Diário Económico que, parte desses 450 processos que ficaram pendurados foi “incorporada, dada a sua execução subjectiva ou objectiva, em outro inquérito, que passa a ser o único pendente no DCIAP” e outra parte foi passada “a outros departamentos de investigação ou comarcas por não serem da competência do DCIAP”.

Saliente-se ainda que, no ano passado, o DCIAP deu início a mais 156 investigações do que em 2011, e acabou o ano com mais de 600 investigações pendentes, entre os quais, os já conhecidos casos ‘Freeport’, ‘Face Oculta’, ou ‘Operação Furacão’.

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