Em 2012 foram instaurados pelo departamento do Ministério Público que investiga a grande criminalidade económica e financeira, nomeadamente corrupção e branqueamento de capitais, 707 inquéritos, sendo que, os tribunais confirmaram apenas 18 dessas acusações, o correspondente a menos de um terço (28,6%) do total de processos.
Os tribunais consideram que os restantes 689 não reuniam prova suficiente para a acusação. Esta é aliás, destaca o Diário Económico, a confirmação do que procuradores e especialistas neste tipo de criminalidade têm defendido: o crime económico é de difícil prova.
Os dados do relatório anual da PGR, relativos ao ano passado, indicam também que mais de metade das 1353 investigações que foram coordenadas pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) ainda não teve um ponto final.
Fonte da PGR esclarece ao Diário Económico que, parte desses 450 processos que ficaram pendurados foi “incorporada, dada a sua execução subjectiva ou objectiva, em outro inquérito, que passa a ser o único pendente no DCIAP” e outra parte foi passada “a outros departamentos de investigação ou comarcas por não serem da competência do DCIAP”.
Saliente-se ainda que, no ano passado, o DCIAP deu início a mais 156 investigações do que em 2011, e acabou o ano com mais de 600 investigações pendentes, entre os quais, os já conhecidos casos ‘Freeport’, ‘Face Oculta’, ou ‘Operação Furacão’.