Irlanda não voltará à "especulação e ganância"

O primeiro-ministro irlandês prometeu que o país jamais voltará a uma cultura de "especulação e ganância", num discurso que marcou formalmente o fim da ajuda internacional.

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Lusa
16/12/2013 05:40 ‧ 16/12/2013 por Lusa

Economia

Enda Kenny

Numa declaração à nação Enda Kenny disse que o Governo vai anunciar esta semana um plano económico para o país a vigorar nos próximos sete anos, assegurando que "nunca mais a estabilidade da Irlanda será ameaçada pela especulação e ganância".

"A Irlanda sai de um plano de ajuda UE-FMI esta noite", anunciou o chefe do Governo na televisão, agradecendo os sacrifícios dos cidadãos para chegar a uma posição que permitiu que hoje o executivo de Dublin abandonasse o resgate pedido em 2010, no valor de 85 mil milhões de euros.

"Este é um passo importante, mas não um fim em si mesmo. As nossas vidas não mudam de hoje para amanhã", afirmou Kenny.

E acrescentou: "Amanhã de manhã a Irlanda estará de novo na posição de um membro de parte inteira da zona euro. A partir de amanhã teremos acesso aos mercados financeiros da mesma forma que os outros países".

O líder conservador destacou que a "paciência e a resistência" dos irlandeses restauraram o "orgulho nacional", enviando o mundo uma "mensagem poderosa: a Irlanda está lutando".

A Irlanda foi o primeiro país que abandonou com êxito o plano de resgate. Portugal, a Grécia e o Chipre mantêm as ajudas internacionais.

Em 2010 foi levada a aceitar um plano de ajuda por parte da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional quando a explosão da bolha imobiliária ameaçou o seu sistema bancário de falhanço total.

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